Angelina Jolie é bela, bem casada (ou bem junta...) e mãe de uma grande família, que gosta de fazer filmes de acção que põem o povo em alvoroço (apenar do fim de Wanted, o balanço final não é menos do que espectacular). Mas Angelina trabalha bem e, de vez em quando, gosta de nos lembrar disso. Disse que este era o papel mais difícil que já tinha interpretado, e eu acredito. O desespero da personagem de Christine Collins surge de forma tão natural em Jolie que, em certas alturas, até arrepia. Simultaneamente super frágil (bem magrinha, por sinal), e super resistente, e com um look à anos 20 que está um espanto!
E como Jolie não podia ficar só e desamparada, Clint Eastwood (que tenha muita saúde, que este filme é uma pérola!) lembrou-se de John Malkovich para o papel de Rev. Gustav Briegleb, um homem desbocado (no melhor dos sentidos) e inconformado, que nunca se cansou de pôr o dedo da ferida. Aquelas expressões de protesto com a enfermeira-chefe estão geniais. É bom revê-lo de vez em quando.
Do resto do cast, que trabalhou muito, muito bem, destaco Colm Feore, não pelo seu papel de Chief James E. Davis, mas porque há muitos anos atrás fez de Diabo na adaptação para TV do livro de Stephen King Storm of the Century, e eu fiquei de tal modo borrada com o que vi que nunca mais me esqueci da cara do homem... Jason Butler Harner mete nojo, ou seja, cumpriu o seu objectivo.
E agora cá vai o típico comentário do cinéfilo sabichão, mas que tem mesmo que ser dito! A fotografia está sublime, os cenários e guarda-roupa perfeitos. E a banda sonora, embora não muito inovadora, tem uma melodia que fica no ouvido.
Citando a minha mãe, "Houve alturas em que só me apetecia era saltar para dentro do ecrã e dar um murro no focinho daqueles gajos todos!" Tens razão.
1 comentário:
Ora aqui está um filme que espero ter opurtunidade de ver...
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