segunda-feira, 5 de maio de 2008

Solaris Vs. The Fountain

Saudações cinéfilas.

Este fds vi o Solaris de Steven Soderbergh, e fiquei agradavelmente surpreendida. Depois de ver o trailer, que dá ideia de um filme bastante diferente, e sabendo que a produção é do James Cameron (Titanic... Alta tragédia no meio de um oceano de efeitos especiais. Literalmente.), estava mais à espera de uma invasão extra-terrestre do que de uma história de amor.

Mais uma re-adaptação da obra de Stanislaw Lem do que um remake de Solyaris, o filme conta-nos a história do psiquiatra Chris Klein (George Clooney, surpreendente! É dos meus favoritos, mas no que toca a papéis sérios, não é hábito vê-lo tão apaixonado e sofredor. Deve ser da fama de solteirão. Que assim continues, que a Sarah não é mulher para ti!), que viaja até à nave espacial na órbita do planeta Solaris, em auxílio de uma tripulação em crise pseudo-existencial. Quando lá chega, ele próprio se torna susceptível às manhas do planeta, que lhe trazem de volta a mulher (Natascha McElhone, daquelas de quem a malta não se lembra até a ver, chegando à conclusão de que é fantástica.), que se suicidou depois de um sério mal-entendido entre o casal.


O aspecto visual deste planeta agridoce consegue ser igualmente perturbandor e inebriante. O silêncio sufocante a bordo ajuda. Junte-se isto aos discursos de
Jeremy Davies (se és amigo do Desmond, então tb és meu amigo!) e aos olhos esbugalhados de Viola Davis e temos um grande filme.

Enquanto rolavam os créditos só pensava nas semelhanças com um dos meus favoritos: The Fountain de Darren Aronofsky. Para além da óbvia wife situation, de origens bem diferentes mas acabando ambas com dois maridões gostosos e destroçados (benditos directores de casting) temos a parte séria da questão - lidar com a perda daquela pessoa. Seja em três épocas da história ou apenas numa só, a vida sorumbática e revoltada do viúvo só acaba por encontrar paz quando aceita a partida da sua amada (facto que acontece, em geral, quando está prestes a juntar-se a ela... Chato.).

Novamente prezo o trabalho dos directores de casting, que escolheram, para os dois filmes, "casais" com uma química que faísca para fora da tela!

Para as fãs mais dedicadas, vê-se o rabinho do Georgie.

For now, that's a wrap!




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