domingo, 14 de junho de 2009

Tirando a barriga da miséria...

Aproveitei os feriados para ver uns filmes. Noitadas como já não fazia há muito tempo...


Alice. Muito sinceramente, este filme não deve ser visto quando se tem cansaço acumulado: a fotografia quase monocromática rapidamente leva o espectador a adormecer... Alice não tem uma storyline normal, não há uma história. É um filme episódico e sem orientação, que deixa em quem o vê um vestígio da desorientação dos pais da menina desaparecida. Nuno Lopes e Beatriz Batarda são bons de mais para o país em que trabalham. Quanto à banda sonora de Bernardo Sassetti, é pena que não evolua de uma meia dúzia de belíssimas notas... Pode ser que a estagnação musical pretenda ser um reflexo do sentimento dominante do filme, e não uma falta de jeito do compositor. Bom filme.


Por Mais Alguns Dólares. Digo apenas que estou oficialmente apaixonada pelo spaghetti western! Mais ainda como fã incondicional de Tarantino, e tendo encontrado tantas referências a este género brilhantemente trabalhado por Sergio Leone em filmes como Kill Bill. AMEI!


Wall Street. Anos 80 - fatos de ombros gigantes, colarinhos redondos e o susto que é o cabelo de Daryl Hannah. Este filme deve ser absolutamente orgásmico para entendedores do fenómeno 'bolsa'. Como eu não percebo nada, só me consolei com Michael Douglas como o sanamabitch Gordon Gekko, papel que lhe deu um Oscar em 1987. E, por ele, vale a pena.


The Incredible Hulk. Às vezes, uma pessoa não quer pensar muito quando vê um filme. E como eu quis ver um bocadinho de tudo nestes dias, decidi render-me ao meu sempre presente fraquinho por Edward Norton, e ao facto de adorar Liv Tyler, Tim Roth e William Hurt. Mesmo para quem não quer pensar, o "duelo de titãs" do fim é um bocado horrível... Mas até que o resto do filme compensa. Gostei.



Youth Without Youth. Não percebi se era sobre amor ou lingística, se era realidade ou sonho. Francis Ford Coppola saiu do casulo para o realizar, e eu reduzo-me à minha insignificância, perante tamanho mestre. Gostei muito.


Iron Man. Já andava a ouvir falar deste filme há tanto tempo que não podia adiar o inevitável! Desgraçados, os co-stars de Robert Downey Jr., que são completamente abafados pela genialidade deste actor. Dá-lhe tantas, e todas tão boas, que até parece impossível o papel não ter sido criado de propósito para ele. A história é que não me encantou... Para bilionários super-heróis, prefiro os traumas de Bruce Wayne.

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