Na 6a fui ver Blindness de Fernando Meirelles (Cidade de Deus, The Constant Gardener), adaptação de Ensaio Sobre a Cegueira, de José Saramago, e ainda não sei o que escrever.
É um filme que perturba, porque fala da verdade. O ser humano é capaz das maiores atrocidades em situações limite (e que fosse só nessas), e uma epidemia de cegueira, descontextualizada da crítica socio-política do livro, não é excepção. Não vou fazer conjecturas sobre os vários significados e interpretações que o filme tem. Também não vou comparar com o livro porque, sinceramente, ainda nem o comecei. Somos animais, com instintos como qualquer outro, e não é preciso um filme para nos lembrar disso.
Superou as minhas expectativas. É bom, muito bom, e é exactamente o tipo de filme que eu gosto. Incomoda e deixa-me a pensar (a excepção è regra é A Paixão de Cristo, que ainda hoje, só de ouvir falar, me dá calafrios!). Recomendo a experiência a quem não se impressiona facilmente e gosta, de vez em quando, de um filme mais pesado.
O trabalho dos actores é, como de costume nos filmes de Fernando Meirelles, absolutamente fenomenal. Julianne Moore controla completamente o filme. Consta que o elenco multi-étnico foi uma exigência de Saramago.
Depois deste, estou cada vez mais em ânsias para ver The Road. E se este post foi deprimente, peço desculpa. Mas o filme ainda é mais.
Agora vou ver o Gladiator na FoxLife, que já tenho saudades do Russell Crowe.
3 comentários:
Não fosse o comentário final sobre o russel e realmente teria sido um comentário deprimente, bem à medidade do filme...
mazinha a raquel :)
Lol com este tipo de comentários quase k na da vontade de ir ver o filme!!! em principio vou ver amanha, ja sabes como eu sou de idas ao cinema.
And don't forget: "In the world of the blind, the one-eyed man is King"
Bj
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