quarta-feira, 4 de março de 2009

Porque, às vezes, o cinema é arte.

The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford tem um título enorme, e é um filme enorme. Não é bom para quem está com sono, ou com vontade de ver um "filminho". Também o desaconselho àqueles que querem entertenimento. Este filme de Andrew Dominik, um neo-zelandês que pouco fez até à data, é arte, com frames que parecem autênticas pinturas. Se passo 3h num museu a ver quadros, também fico sentada no sofá a ver este filme.
Em 2007, Brad Pitt foi o melhor actor do Festival de Veneza. Casey Affleck teve diversas nomeações para vários prémios, incluindo uma para melhor actor secundário nos Óscares de 2008. Finalmente, percebi porquê. Pitt está atipicamente fora de si, e Affleck consegue inspirar uma pena raivosa (se é que semelhante sentimento existe) no espectador. Sam Rockwell, Sam Shepard e a banda sonora de Nick Cave e Warren Ellis ainda tornam JJ num filme melhor.
Jesse James merece o nosso tempo e a nossa atenção. Não é para ver à pressão, mas sim para comprar o DVD, e ver num dia em que o espírito o queira saborear.

Sem comentários: